Revolução Industrial: quais os impactos gerados até a indústria 4.0
Os processos de transformação que aconteceram durante a revolução industrial tiveram um grande impacto até hoje, desde o modelo produtivo até mesmo ao nosso estilo de vida. Sendo assim, o nome revolução não é à toa.
Entre seus principais efeitos, estão a maior velocidade de produção de mercadorias, maior crescimento urbano e aumento da circulação de pessoas e produtos entre as civilizações.
No entanto, as mudanças, junto com as inovações, levaram ao surgimento de outras revoluções industriais até chegarmos na indústria 4.0, a mais atual, caracterizada pela automação industrial.
Nesse artigo, vamos entender mais sobre o processo da revolução industrial e o que ela foi, bem como sobre suas consequências, que é o caso do desdobramento da indústria 4.0. Boa leitura!
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O que foi a Revolução Industrial?
A revolução industrial mudou toda a forma como a humanidade vive e se trata de um divisor de águas na história. Antes dela, os processos de produção eram limitados à manufatura, isto é, todas as etapas eram feitas manualmente pelos trabalhadores.
De forma geral, a revolução industrial se caracterizou como um momento de grandes transformações, tanto sociais como econômicas, com início na Inglaterra no século XVIII.
Foi também nesse país que surgiu a primeira máquina a vapor.
Muito do pioneirismo inglês tem a ver com a história do País. Com a revolução gloriosa, no século XVII, a burguesia estabeleceu-se como classe e garantiu o desenvolvimento da economia inglesa diante do capitalismo.
Quais as consequências da revolução Industrial?
Por ser um marco na história e no modo que a sociedade vivia, a revolução industrial tem uma série de consequências extremamente importantes até hoje.
No entanto, a revolução industrial se divide em três fases, além da indústria 4.0 Vamos falar sobre os impactos de cada uma dessas mudanças.
1ª Revolução Industrial
A 1ª revolução industrial, entre 1760 e 1860, foi bastante concentrada na Inglaterra. Sua principal consequência da Revolução Industrial foi a transição do sistema feudal para o sistema capitalista e a criação do sistema fabril mecanizado.
A partir dos avanços tecnológicos da época, fábricas passaram a ter uma complexa substituição do trabalho manual por máquinas.
Nesse momento, esses avanços foram sentidos consideravelmente, por exemplo, na indústria têxtil. Isso porque foi nela que surgiram as indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico.
Essas máquinas permitiram tecer uma quantidade de fios que manualmente exigiria a utilização de várias pessoas.
De forma geral, alguns efeitos da 1ª revolução industrial podem ser elencados:
- Aumento da quantidade de profissões, mercadorias produzidas e de fábricas;
- Crescimento acelerado da cidades;
- Processo de mecanização do campo;
- Criação da locomotiva e das estradas de ferro,
- Aumento da circulação de pessoas e bens;
- Maior carga de trabalho;
- Aumento da exploração de matérias-primas agrícolas e minerais.
2ª Revolução Industrial
A 2ª revolução industrial ocorreu entre 1860 a 1900. Nela, foi a vez de países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram.
As consequências dessa fase foram, principalmente, o uso do aço e da energia elétrica, além de combustíveis derivados do petróleo.
Também foi nessa etapa que se deu a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
3ª Revolução Industrial
A 3ª revolução industrial também é conhecida como revolução informacional, acontecendo a partir da metade do século 20, após a Segunda Guerra Mundial, juntamente com o começo do desenvolvimento de eletrônicos.
Foram eles que permitiram a chegada da informática e a automação das indústrias. Alguns itens que marcam essa revolução são o computador, a engenharia genética e o celular, por exemplo.
Dessa forma, a tecnologia de informação passou a se destacar em relação às indústrias como a metalurgia, siderurgia e a indústria de automóveis.
4ª Revolução Industrial: a Indústria 4.0
Como uma avanço à frente da terceira revolução industrial, tem-se a indústria 4.0. Em linhas gerais, essa etapa é marcada por processos de automação industrial e a integração de diferentes tecnologias como, por exemplo:
- Inteligência artificial,
- Robótica,
- Big data;
- Computação em nuvem.
Trata-se de uma revolução voltada para a digitalização das atividades industriais, com o objetivo de garantir maior produtividade.
Quais os benefícios da Indústria 4.0?
Em primeiro lugar, o principal benefício da indústria 4.0 diz respeito ao seu próprio propósito: aumentar a produtividade das empresas através da digitalização e automação de processos, que oferece redução de paradas e dos próprios custos.
Além disso, a implementação da indústria 4.0 permite dados em tempo real, para uma cadeia de suprimentos dentro de uma economia que pensa na satisfação do consumidor final com maior preocupação.
Trata-se de um sistema que leva em conta, portanto, necessidades reais centrada nos clientes.
A indústria 4.0, ainda, permite melhores condições de trabalho, por oferecer, por exemplo, uma rápida detecção e aumento da proteção em caso de acidentes laborais.
Quais as propostas no Brasil para a Indústria 4.0?
A industrialização no Brasil se encontra em diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico, mas isso não significa que a indústria 4.0 não se faça presente no Brasil.
Na verdade, as previsões é que o seu avanço irá ser muito benéfico para a competitividade dentro do país.
Uma pesquisa feita pela Accenture mostra que as tecnologias relacionadas à Internet das Coisas devem impactar mais de U$ 39 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do país até a década de 2030.
Dessa forma, as empresas e profissionais brasileiros também precisam estar adaptados a essa nova realidade.
Conclusão
Os impactos que a revolução industrial ofereceu para a humanidade são diversos, como você pode ver. Sem ela, ainda, não se teria chegado à indústria 4.0, extremamente importante para a automação industrial.
Agora que você sabe mais sobre a automação e sua relação com a indústria 4.0, tão essencial na atualidade, além dos seus benefícios, conheça nossos produtos e veja se vale a pena comprar!
Lourenço Daudt Trabalha na engenharia de aplicação há anos visitando fábricas e acompanhando de perto as dificuldades dos operadores no dia a dia. Engenheiro Mecânico (UFRGS), Gerente de Produtos da Antares Acoplamentos e Mestrando em Engenharia Mecânica (UFRGS).