Manutenção Autônoma: saiba como realizar de forma assertiva

Manutenção Autônoma: saiba como realizar de forma assertiva

A busca pela eficácia dos processos é um dos principais focos para uma empresa. No entanto, para se atingir esse objetivo, é importante se adequar ao mercado competitivo por meio da manutenção autônoma, por exemplo.

Você já parou para pensar o que é a manutenção autônoma e como ela pode ser importante para o seu negócio? Ela tem um grande potencial quando se trata de melhorar o processo produtivo de uma empresa.

Dessa forma, é importante que você saiba tudo sobre a manutenção autônoma: quais os principais objetivos, quais são as etapas para a sua implantação, quais são as suas vantagens e como ela pode oferecer mais liberdade para os operadores, por exemplo. Boa leitura!

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O que é Manutenção Autônoma?

A manutenção autônoma trata-se da capacitação da mão-de-obra operária para o emprego de simples técnicas de manutenção.

Sendo assim, ela oferece um cuidado pelas máquinas que irá detectar eventuais problemas futuros. Esse cuidado envolve, por exemplo, tanto a limpeza e lubrificação de equipamentos até ajustes e regulagens de máquinas mais específicas.

Quais os principais objetivos da Manutenção Autônoma?

Os principais objetivos da manutenção autônoma são:

  • Eliminar fontes de falhas por meio da geração de iniciativas no funcionário;
  • Oferecer maior liberdade ao funcionário para auto gerenciar essa produção;
  • Desenvolver zelo pelo equipamento graças ao sentimento de propriedade;
  • Identificar e solucionar falhas em estágio inicial, oferecendo uma manutenção preventiva,
  • Eliminar paradas de produção por pequenas falhas;
  • Alavancar a performance do time de operação trabalhando em conjunto com a manutenção.

Passos para implantação da Manutenção Autônoma

As etapas são:

  1. Limpeza Inicial;
  2. Eliminar as fontes de sujeira e locais de difícil acesso;
  3. Padrões de Limpeza e Inspeção;
  4. Inspeção Geral;
  5. Inspeção Autônoma;
  6. Organização e Ordem;
  7. Consolidação da Manutenção Autônoma;

A seguir, iremos falar um pouco mais sobre cada uma delas.

1 – Limpeza Inicial

Em primeiro lugar, como o nome sugere, temos a limpeza inicial. Nessa etapa, é feita a primeira limpeza e ordenação em todos os equipamentos e objetos em questão.

Com isso, é possível conhecer melhor a máquina e, ainda, garantir maior zelo do operador pela máquina.

Dessa forma, bancadas de trabalho, máquinas, janelas de inspeção, por exemplo, devem ser todos limpos.

Um ambiente previamente limpo e organizado favorece a preparação da equipe para uma nova forma de trabalho que será implementada.

2 – Eliminar as fontes de sujeira e locais de difícil acesso

O segundo passo para a implantação da manutenção autônoma é eliminar todas as fontes de sujeira e, ainda, os locais de difícil acesso, os quais requerem um trabalho maior.

Nessa etapa, faz-se a limpeza de todos os itens que não estão à vista. Nela, também, busca-se eliminar, por exemplo, vazamentos de óleo, água, produtos de produção e tudo aquilo que possa provocar sujeira no ambiente de modo indireto.

No caso de fontes de sujeiras que não podem ser eliminadas de modo imediato, é importante documentar para que se desenvolva um plano de ação em que sua limpeza aconteça o mais rápido possível.

3 – Padrões de Limpeza e Inspeção

A padronização também se trata de uma etapa muito importante, bem como a inspeção. Os padrões são essenciais pois servem para definir itens importantes como, por exemplo:

  • Quais serão as atividades que os operadores irão realizar;
  • Quando devem ser realizadas;
  • Como devem ser feitas
    Por quem devem ser realizadas.

Todas essas informações devem ser bem criteriosas para que não fiquem lacunas que possam trazer eventuais problemas.

4 – Inspeção Geral

A inspeção geral trata-se da etapa de capacitação do operador. Nela, em primeiro lugar, ocorre um treinamento teórico. Somente após isso acontece um treinamento prático no chão de fábrica. Por fim, ocorre uma avaliação do conhecimento adquirido, como um teste.

Após aprovação do processo, então, o operador recebe a autonomia para realizar inspeções sem o auxílio da manutenção.

Dessa forma, através desse conhecimento, torna-se possível melhorar a forma como a manutenção é aplicada e avaliar qual foi o seu nível de desempenho em relação à prestação desse serviço.

5 – Inspeção Autônoma

Na inspeção autônoma acontece a revisão altamente detalhada dos processos entre a máquina e o operador dela. É a partir dela, também, que realiza-se os procedimentos definitivos dos equipamentos.

6 – Organização e Ordem

Nesse momento, dá-se continuidade à etapa de inspeção autônoma, com revisão dos equipamentos do entorno, como, por exemplo, iluminação e layout. Nessa etapa também se reforça a padronização de processos pelos operários.

7 – Consolidação da Manutenção Autônoma

Como o próprio nome sugere, é a fase de consolidação da manutenção autônoma, objetivo pelo qual se está fazendo essa implantação. Nesse momento, portanto, o operário já pode realizar a autogestão do equipamento.

Quais as vantagens da Manutenção Autônoma?

Entre as vantagens da manutenção autônoma podemos citar, por exemplo:

  • Maior preservação dos equipamentos;
  • Mudança cultural positiva para empresa;
  • Mais velocidade e praticidade na resolução de possíveis defeitos ou falhas;
  • Maior segurança operacional durante todo o processo;
  • Redução das perdas de velocidade.

Como a Manutenção Autônoma dá mais liberdade aos Operadores?

A manutenção autônoma oferece mais liberdade para os operadores, pois dá a oportunidade deles terem mais autonomia dos equipamentos.

Isso se torna possível através das etapas de implantação, ao oferecer maior segurança operacional e maior cultura de zelo e preocupação pelas máquinas. Como consequência, a manutenção autônoma também oferece maior produtividade industrial.

Quais ações um operador de manutenção autônoma deve executar?

A manutenção autônoma permite que os operadores tenham capacidade de entender as funções e os componentes das máquinas e detectar as causas das anormalidades.

Além disso, graças à capacidade de identificação de problemas, os operadores se tornam mais capazes de contribuir com soluções para reduzir problemas.

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Conclusão

Nesse artigo você pode entender toda a diferença que o processo de implementação da manutenção autônoma pode trazer para os seus funcionários e, por sua vez, para sua empresa. Agora você já sabe como realizá-la de forma assertiva! Confira os demais tipos de manutenção aqui!

Sobre o autor:
Lourenço Daudt
Trabalha na engenharia de aplicação há anos visitando fábricas e acompanhando de perto as dificuldades dos operadores no dia a dia. Engenheiro Mecânico (UFRGS), Gerente de Produtos da Antares Acoplamentos e Mestrando em Engenharia Mecânica (UFRGS).