Tipos de manutenção: quais são e como funcionam?
Tipos de manutenção: quais são e como funcionam?

Tipos de manutenção: quais são e como funcionam?

Do ponto de vista conceitual, a manutenção é classificada em duas categorias: a planejada e a não planejada. Essa última engloba os procedimentos corretivos, isto é, os casos nos quais determinado equipamento apresenta falhas defeitos ou deixa de funcionar. Já a manutenção planejada é subdividida em preventiva e preditiva. Veja logo abaixo os tipos de manutenção, suas definições, características e principais diferenças.

Manutenção preventiva

Esse tipo de manutenção concentra-se na prevenção do equipamento. Também serve para desacelerar a degradação dos dispositivos em geral. 

Nesse sentido, trata-se de uma intervenção planejada, que deve ser organizada e programada antes que alguma falha apareça. Então, todos os serviços de manutenção devem ser minuciosamente detalhados. Alguns exemplos práticos, são:

  • revisões periódicas;
  • lubrificações de rotina;
  • vistorias no maquinário;
  • aferição e calibração dos equipamentos.

Manutenção corretiva

A manutenção corretiva é feita somente quando um equipamento apresenta erros e outras irregularidades, exigindo sua substituição ou de suas peças. Normalmente, ela é necessária em dois casos.

Um deles é quando uma falha inesperada ocorre. Outro cenário é quando identifica-se algum defeito, que pode gerar maiores problemas futuramente. Assim, a manutenção preventiva também é classificada em dois subgrupos: planejada e não planejada.

Quando planejada, as intervenções são feitas assim que é detectado uma pequena falha que possa gerar outros defeitos maiores. Isso reduz o tempo de manutenção, bem como os custos do serviço.

Já na manutenção corretiva não planejada, é feita somente quando algum erro grave aparece. Isso gera custos elevados para a indústria e envolve operações mais complexas, a fim de reverter a ocorrência e os danos causados.

Manutenção preditiva

Na manutenção preditiva, são realizados acompanhamentos periódicos de cada equipamento, a fim de coletar dados nas rotinas de inspeção. Nesse serviço, é importante contar com profissionais capacitados para executar operações como:

  • inspeção visual;
  • análise de vibração;
  • análise de ruído;
  • ultrassom.

A partir da manutenção preditiva, é possível traçar o tempo de vida útil da máquina, a fim de otimizar e prolongar esse prazo. Em suma, consiste em todo tipo de investigação que permita verificar as condições dos equipamentos. Seus principais objetivos são:

  • aumentar a durabilidade do maquinário;
  • remover a necessidade de desmonte da máquina para inspeção;
  • apontar com antecedência a necessidade de manutenção dos componentes;
  • reduzir o número de ações corretivas;
  • mitigar os danos.

Com base nos seus objetivos e políticas de execução, é válido afirmar que esse tipo de manutenção tem finalidades semelhantes às da inspeção preventiva: elevar a produtividade e reduzir os gastos com reparos.

Qual dos tipos de manutenção é melhor?

Em resumo: a manutenção preventiva é uma das formas mais eficientes de conservar o maquinário do chão de fábrica, prolongando sua vida útil e reduzindo custos. É necessário ter muita atenção às rotinas de inspeção, de forma que seu time de técnicos possa identificar com exatidão os problemas nas máquinas e equipamentos. Porém, antes da aplicação prática, compreenda a teoria. Você sabe o que é a manutenção preventiva, como e quando aplicá-la, bem como sua importância?

O que é manutenção preventiva

A manutenção preventiva busca diminuir a probabilidade de uma falha ou problema surgir em um equipamento. É uma definição que vai de acordo com a NBR-5462.

Trata-se de um método de manutenção industrial planejada, pois acontece de tempos em tempos, em intervalos especificados pelos técnicos ou pelo próprio fabricante da máquina.

Assim, independente da condição da máquina, ela precisa de uma inspeção técnica que vai buscar identificar possíveis problemas.

Qual o princípio da manutenção preventiva?

Todo equipamento está sujeito ao processo de desgaste no decorrer do tempo. Assim, é inevitável realizar, nesse intervalo, alguns reparos — troca de peças e outros componentes, inspeções e lubrificação.

Essas intervenções são o que chamamos de manutenção preventiva. Nesse sentido, afirma-se que seu maior objetivo é manter o maquinário em pleno funcionamento, conservando suas características e desempenho próximos ao seu estado original.

Principais falhas

No relatório de manutenção preventiva, é importante que a equipe responsável se atente para dois tipos de falhas que podem acometer um sistema. São eles:

Falha potencial

A falha potencial é aquela em estágio inicial. Ou seja, ela já existe e pode ser detectada, mas ainda permite que a máquina funcione.

Pense em um sistema que utiliza dois eixos-árvores, como um motor que deve mover uma bomba de água.

Você nota que há certo desalinhamento entre as árvores — pouco, suficiente para ser notado, mas também para que o sistema continue funcionando e o movimento seja transmitido.

Então, você pode marcar para realizar a manutenção tão logo puder, instalando um acoplamento flexível para alinhar as árvores.

Falha funcional

Já a falha funcional se trata de um cenário além: quando a falha não permite que a máquina desempenhe suas funções.

Retornando ao exemplo acima, seria como se o técnico percebesse que o nível de desalinhamento é tão grande que o sistema de transmissão colapsou.

Ou seja, o problema não foi tratado na sua raiz e evoluiu a ponto de impactar no funcionamento da máquina, ocasionando a parada.

Objetivo da manutenção preventiva

O objetivo da manutenção preventiva é encontrar um problema antes mesmo dele se manifestar.

Ou seja, mapeá-lo ainda no início, encontrando a raiz da falha, para que se possam tomar as medidas necessárias de forma ágil.

Assim, é possível conservar as condições do equipamento ou máquina de forma mais eficiente, potencializando sua vida útil.

Portanto, é válido afirmar que, ao exercer uma rotina de manutenção preventiva, você não está recuperando uma máquina, mas sim evitando que ela apresente falhas.

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Como funciona uma manutenção preventiva

Como essa manutenção serve para conservar o maquinário em plenas condições de uso, pelo maior tempo possível, ela não é opcional. Segundo a NR-12, a intervenção periódica é uma obrigação, que se refere à segurança no trabalho.

A norma expressa claramente que o procedimento é um dos requisitos essenciais para evitar acidentes e outras ocorrências no ambiente de trabalho. O documento também apresenta orientações para estruturar o espaço laboral sem riscos para os trabalhadores.

De acordo com suas indicações, existem algumas medidas cruciais para o planejamento e execução da manutenção eficaz: 

  • seleção da mão de obra: toda manutenção requer uma equipe qualificada. Antes de elaborar o plano de reparos preventivos, selecione os profissionais adequados para executá-lo. Além disso, eles precisam se comunicar em tempo real para coletar feedbacks uns dos outros no decorrer do processo; 
  • criação de planos de trabalho: determine quais equipamentos passarão por reparos. Feito isso, a equipe responsável deve realizar um inventário de cada máquina, reunindo o máximo de informações possíveis. A partir disso, cria-se uma rotina classificada por tempo de uso e outros parâmetros;
  • definição dos objetivos: uma boa manutenção preventiva exige a definição de metas e KPIs (Indicadores de Desempenho) do plano de trabalho. Esses objetivos precisam estar alinhados com as metas do negócio. Sendo assim, os gestores devem monitorar se os objetivos seguem os padrões de qualidade desejados;
  • organização das operações: é indispensável organizar as intervenções com planilhas, documentos, relatórios e outros indicadores. Afinal, cada etapa da manutenção deve ocorrer conforme o cronograma e os dados coletados nos estágios anteriores. 

Quando a manutenção preventiva deve ocorrer?

Como você pode notar logo acima, ter um plano de manutenção preventiva é fundamental para diminuir a probabilidade de falhas ou degradação acelerada do equipamento. 

Segundo a norma NBR 5462, sua principal característica é a periodicidade. Então, todo o planejamento deverá ser elaborado a partir do fator tempo. 

Com isso em mente, considere os seguintes critérios para traçar a frequência da manutenção:

  • serviços realizados;
  • periodicidade desses serviços;
  • responsáveis pela execução;
  • materiais e recursos necessários;
  • custo por unidade e custo total dos serviços;
  • tempo dedicado a cada serviço;
  • dispositivos necessários para sua realização.

O período ideal para fazer a manutenção dependerá desses fatores listados, bem como as informações listadas e os recursos disponíveis.

Vantagens da manutenção preventiva

Agora, no dia a dia, quais as reais vantagens de implementar um plano de manutenção preventiva? Explicamos:

Resolução de problemas

Ao estipular um cronograma de manutenção preventiva, você consegue centralizar a resolução de problemas.

Assim, de uma só vez, resolve as falhas das máquinas já na sua raiz, sem que ela se propague ou aumente, afetando todo sistema.

Alongamento do tempo de vida da máquina

Uma característica em comum da manutenção preditiva e preventiva é a capacidade de potencializar a vida útil da máquina ou equipamento.

Como pode-se detectar falhas com muita antecedência, é mais fácil resolvê-las, evitando que dispositivos, peças ou a máquina inteira entrem em colapso.

Aumento da disponibilidade de tempo para pesquisar e avaliar peças novas

Como seu time inspeciona as máquinas antes da falha acometê-las, há mais tempo hábil para pesquisar as peças novas.

Assim, você não precisa correr para consertá-la — o que também pode significar mais economia para seu bolso.

Por que a manutenção preventiva é mais eficiente e econômica?

Uma das grandes diferenças entre manutenção corretiva e preventiva é que a primeira é mais custosa. Já a manutenção preventiva é diferente, pois possibilita maior economia para a empresa.

O motivo é simples:

Como as inspeções buscam falhas em estágio inicial, o diagnóstico é mais simples, bem como as soluções.

Assim, em vez da empresa precisar reinvestir em um novo sistema de transmissão de movimentos, por exemplo, pode apenas trocar o acoplamento da máquina.

Vê como a escala de gastos é bem menor? É nesse ponto que a manutenção preventiva mais se destaca.

Tipos de manutenção: quais são e como funcionam?

 

O que é um plano de manutenção preventiva?

O plano de manutenção preventiva é um documento que pauta a equipe de técnicos que vão realizar as inspeções.

Deve conter todos os equipamentos em detalhes, os responsáveis, os processos (como lubrificação, checagem do aperto dos parafusos, conformidade do acoplamento, etc) e os prazos.

Qual a frequência das atividades de manutenção preventiva?

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Normalmente, pautam essas incursões gatilhos definidos por especialistas ou pelo fabricante.

Podem ser gatilhos os seguintes fatores:

  • tempo de vida da máquina;
  • horas de funcionamento;
  • nível de produtividade;
  • ou o que (dos 3 gatilhos acima) acontecer primeiro

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Como a Antares pode te ajudar?

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Outro ponto que a destaca no segmento, é o fato de que alguns dos setores mais exigentes da indústria são seus parceiros, como empresas de açúcar, álcool, máquinas de mineração, papel e celulose.

Tipos de manutenção: conclusão

Gostou de aprender sobre a manutenção preventiva? É uma forma muito eficiente de potencializar a vida útil do seu maquinário!

Sua aplicação, porém, depende de comprometimento com a definição de um cronograma, bem como conhecimento dos seus pilares.

Esperamos que, com esse conteúdo, você aprenda o básico para implementar uma rotina de manutenção em seu negócio.

Sobre o autor:
Isadora Guerra
Jornalista com especialização em Comunicação Digital e Gestão de Mídias Digitais | Analista de Performance | Certificações internacionais | Data Science | Neuromarketing | Tomada de decisão com base em dados | Endomarketing | Eventos | Inbound Marketing | Assessoria de Imprensa | Televisão | Rádio | Multimídia