Automação industrial: o que é, tipos e aplicações práticas

Conteúdo otimizado em 12/08/2025.

Você já parou para pensar na relação da automação industrial com as empresas? De forma geral, a automação busca controlar processos através de dispositivos mecânicos ou eletrônicos. O conceito de automação industrial está muito conectado com a indústria 4.0, que busca integrar tecnologias diferentes, a exemplo da inteligência robótica e da inteligência artificial. A importância desse processo fez com que existam até mesmo cursos de automação industrial no mercado.

Ao longo desse artigo, você vai entender, portanto, o que é automação industrial, quais são as vantagens dela e quais são os elementos de um sistema automatizado. Boa leitura!

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O QUE É AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL?

De forma geral, a automação industrial pode ser definida como o uso de máquinas, sensores, controladores e softwares com o objetivo de executar tarefas repetitivas, monitorar processos e otimizar a produção de forma autônoma e contínua.

Seu principal propósito é melhorar o custo-benefício do processo produtivo, elevando a eficiência, a padronização e a segurança operacional. Para isso, são utilizados sistemas que reduzem a intervenção humana e aumentam a confiabilidade dos processos, desde o controle de uma etapa até a gestão integrada da planta.

A automação industrial está diretamente conectada à Indústria 4.0, que introduz tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas (IoT), computação em nuvem e análise de dados em tempo real para criar ambientes industriais mais inteligentes, responsivos e competitivos.

Esse conceito é aplicável em diferentes setores produtivos, como:

• indústria química;
• indústria automobilística;
• mineração;
• indústria de papel e celulose;
• indústria de embalagens.

Além desses, segmentos como alimentos e bebidas, farmacêutico e metalurgia também adotam a automação para ampliar a produtividade e garantir qualidade consistente.

A automação industrial não apenas transforma a forma como produtos são fabricados, mas também redefine a forma como dados são coletados, interpretados e utilizados para tomadas de decisão mais rápidas e embasadas.

Da mecanização à Indústria 5.0: a evolução da automação industrial

A automação industrial é resultado de um processo evolutivo que acompanha as grandes transformações da indústria ao longo do tempo. Desde a Primeira Revolução Industrial, com o uso do vapor e da mecanização, até os dias atuais, a busca por produtividade e eficiência impulsionou o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais autônomas e conectadas.

Na Indústria 3.0, surgem os controladores lógicos programáveis (CLPs), sensores e sistemas informatizados, marcos importantes da automação tradicional. Já a Indústria 4.0, conceito que começou a se consolidar na última década, integra diferentes tecnologias digitais, promovendo fábricas inteligentes e tomadas de decisão baseadas em dados.

Agora, avança-se para a Indústria 5.0, que não apenas automatiza, mas busca a colaboração entre humanos e máquinas inteligentes. Essa nova fase valoriza aspectos como personalização, sustentabilidade e resiliência operacional, reforçando o papel estratégico da automação em ambientes industriais mais adaptáveis, éticos e centrados no ser humano.

Compreender essa evolução é essencial para aplicar soluções que vão além da automação básica, alinhando tecnologia e estratégia com as necessidades reais da indústria moderna.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL?

A automação industrial pode ser classificada em diferentes tipos, conforme o grau de flexibilidade, complexidade e o nível de integração dos sistemas utilizados. Entender essas variações é essencial para aplicar a tecnologia de forma alinhada às demandas operacionais de cada processo produtivo.

Veja os principais tipos de automação utilizados na indústria:

• Automação fixa (ou rígida): é caracterizada por processos repetitivos e de alto volume, como em linhas de montagem. Oferece alta eficiência, mas com baixa flexibilidade para alterações. É ideal para ambientes onde a produção é padronizada e as mudanças são raras.
• Automação programável: usada em processos que exigem variações no produto ou volume. A programação pode ser alterada para adaptar máquinas e equipamentos a diferentes etapas ou tipos de produção. É comum em setores como o automotivo ou metalúrgico.
• Automação flexível (ou integrada): permite que máquinas operem diferentes tarefas de forma autônoma e dinâmica, com rápida reconfiguração. É ideal para ambientes de produção com grande variedade de produtos ou necessidade de personalização.
• Automação contínua (ou de processo): aplicada em indústrias onde o fluxo de produção não pode ser interrompido, como em refinarias, indústrias químicas ou alimentícias. Envolve o monitoramento constante de variáveis e o controle em tempo real.
• Automação robótica: utiliza braços robóticos e sistemas avançados de movimentação para realizar tarefas repetitivas, complexas ou de risco. Esses robôs podem atuar isoladamente ou integrados a sistemas maiores, como parte de células de manufatura inteligente.

Cada tipo de automação atende a uma necessidade específica do processo produtivo e deve ser avaliado conforme critérios como volume de produção, variabilidade, segurança e retorno sobre investimento.

TÉCNICO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL: O QUE FAZ?

A automação industrial é um elemento tão forte na atualidade que é possível fazer o curso de automação industrial no SENAI, por exemplo. Existe até mesmo faculdade para automação industrial

E o que esse profissional faz? Ele é responsável, por exemplo, por elaborar projetos de automação e programação preventiva e corretiva dentro de uma empresa. Para se ter uma noção, um técnico em automação industrial pode ter um salário de R$3.000.

QUAIS AS VANTAGENS DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL?

Existem uma série de benefícios na aplicação da automação industrial, visto que a tecnologia em automação industrial se tornou a principal vantagem competitiva em diversos ramos e setores das empresas.

Iremos citar aqui, portanto, algumas dessas vantagens que um técnico em automação industrial deve saber.

Veja também: Manutenção Prescritiva: O Que É e Por Que É o Futuro da Indústria?

Melhora nas condições de trabalho

Um dos principais benefícios da automação industrial é a considerável melhora nas condições de trabalho. Isso acontece através da eliminação de trabalhos perigosos, o que aumenta a segurança, inclusive, no chão de fábrica.

Máquinas automatizadas, por exemplo, quando cumprem todas as normas de segurança necessárias, permitem uma operação mais segura para os trabalhadores.

Melhora da produtividade

Quando existe uma condição de trabalho melhor, é comum que também aconteça uma melhora na produtividade em todas as etapas do processo.

Dessa forma, com a automatização, também, a empresa consegue aumentar a quantidade de produtos e bens produzidos por hora, por exemplo. 

Ao mesmo tempo, a qualidade aumenta e os custos de produção caem, uma vez que esse processo permite realizar operações que não seriam facilmente possíveis de controlar de modo manual e não seriam tão eficientes.

Controle das etapas do processo

Um outro ponto importante sobre a automação industrial é que o controle das máquinas é muito maior, fornecendo precisão e maior acompanhamento de cada etapa do processo.

Com o desenvolvimento de máquinas sofisticadas, a possibilidade de medir e todo o processo de produção se torna muito mais fácil. 

Plantas automatizadas, por exemplo, contam com diversos sensores e controladores com informações em tempo real.

Quantificação dos insumos e produção

A quantificação dos insumos trata-se do levantamento de todos os materiais, equipamentos e até mesmo mão de obra necessária para a execução de um projeto em específico. 

E se o controle das etapas é maior, a quantificação da produção também se torna mais fácil e rápida.

Redução de erros

Por fim, um dos benefícios também diz respeito à redução de erros no processo produtivo. Erros humanos são extremamente naturais e acontecem por diferentes motivos.

Porém, quando essas atividades são feitas de forma robotizada, essa se torna uma consequência direta da diminuição do trabalho manual na linha de produção. Isso acontece porque a chance do erro acontecer de forma automatizada é muito menor que se feita de forma manual.

O QUE É UM SISTEMA AUTOMATIZADO?

A automação industrial faz com que tarefas antes feitas por pessoas sejam transferidas para máquinas e equipamentos tecnológicos dentro de um sistema automatizado. Um sistema automatizado se divide em duas partes: operacional e de controle.

Alguns dos elementos que fazem parte de um sistema automatizado são:

• Wi-Fi;
• inteligência artificial;
• banco de dados por nuvens.

Wi-Fi

O WIFI é um conceito amplamente difundido na atualidade, sobretudo relacionado à internet. Seu significado literal vem da expressão “wireless fidelity”, isto é, fidelidade sem fio. 

Em linhas gerais, o WIFI é uma conexão feita sem a necessidade de cabos e fios, sendo muito comum em sistemas automatizados. O WIFI permite vários dispositivos se conectarem em uma mesma rede.

Inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) é um ramo das ciências da computação que permite que máquinas aprendam, analisem dados e tomem decisões de forma autônoma.

Na automação industrial, a IA tem papel central, especialmente dentro do contexto da Indústria 4.0, onde se integra a outras tecnologias como sensores inteligentes, big data e IoT. Todos esses elementos trabalham em conjunto para criar ambientes produtivos autônomos, responsivos e altamente eficientes.

Em fábricas inteligentes, a inteligência artificial otimiza processos, prevê falhas e ajusta variáveis em tempo real, sem depender da intervenção humana. Os engenheiros projetam os sistemas com IA para tomar decisões com base em dados operacionais.

Com isso, a IA permite que softwares e equipamentos funcionem de forma autônoma, aprendendo com o próprio desempenho e melhorando continuamente a produtividade e a confiabilidade industrial.

Banco de dados por nuvens

A produção diária industrial gera uma imensa quantidade de dados responsáveis por demonstrar otimizações dentro de um negócio. 

E como as empresas armazenam esses dados de forma eficiente e com baixo custo? Na nuvem. Essa realidade permite, por exemplo, que os gestores possam acessar os dados a partir de qualquer lugar. As empresas contratam esse serviço conforme suas demandas e contam com um alto nível de especialização.

Empresas que oferecem banco de dados por nuvens tem grande expertise na proteção e integridade de dados, o que é muito valioso para um negócio.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS USADOS NA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL?

A automação industrial depende de uma série de dispositivos que trabalham em conjunto para monitorar, controlar e executar tarefas dentro dos processos produtivos. Os profissionais selecionam esses equipamentos conforme o tipo de aplicação, o nível de controle necessário e as características da planta industrial — eles formam a base de qualquer sistema automatizado.

Veja abaixo os principais elementos utilizados em sistemas de automação:

• CLPs (Controladores Lógicos Programáveis): são “cérebros” dos sistemas automatizados. Programáveis e altamente confiáveis, os CLPs recebem sinais dos sensores e enviam comandos para os atuadores, garantindo o funcionamento sincronizado das máquinas.
• Sensores: responsáveis por coletar dados do ambiente físico, como temperatura, pressão, presença, posição ou velocidade. Eles alimentam o sistema com informações essenciais para decisões em tempo real.
• Atuadores: executam as ações definidas pelo controlador. Podem ser motores, cilindros pneumáticos, válvulas, entre outros dispositivos que realizam movimentos ou operações mecânicas e elétricas no processo.
• IHMs (Interfaces Homem-Máquina): são painéis ou telas que permitem a interação entre operadores e sistemas automatizados. Ajudam na visualização de dados, comandos manuais e acompanhamento do status da operação.
• Inversores de frequência e controladores de velocidade: permitem o ajuste preciso da rotação de motores elétricos, otimizando o consumo de energia e a eficiência de processos que exigem variações dinâmicas de velocidade.
• Redes industriais (como PROFIBUS, MODBUS, Ethernet/IP): fazem a comunicação entre os diferentes dispositivos da planta, permitindo que sensores, CLPs e IHMs troquem informações de forma confiável e em tempo real.

A escolha e integração correta desses componentes são fundamentais para garantir a eficiência, a segurança e a escalabilidade dos sistemas automatizados, especialmente em ambientes industriais de alta exigência.

ONDE A AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL É APLICADA NA PRÁTICA?

A automação industrial está presente em praticamente todos os segmentos produtivos e desempenha um papel estratégico na eficiência, segurança e padronização dos processos. Veja abaixo os setores que já adotam essa tecnologia e os principais benefícios que cada um deles apresenta:

• Indústria automotiva: utiliza robôs industriais, linhas automatizadas e sensores para garantir alta produtividade, segurança operacional e padronização em larga escala.
• Indústria de alimentos e bebidas: sistemas automatizados controlam etapas críticas como mistura, envase e embalagem, assegurando qualidade, conformidade sanitária e rastreabilidade completa.
• Indústria química: emprega automação contínua para controlar variáveis sensíveis em tempo real, aumentando a estabilidade dos processos, reduzindo riscos e otimizando o uso de insumos.
• Indústria de papel e celulose: automatiza o monitoramento remoto de equipamentos e etapas de produção, como secagem e rebobinamento, contribuindo para maior eficiência e menor tempo de parada.
• Indústria de embalagens: foca na flexibilidade e velocidade: máquinas automatizadas permitem ajustes rápidos, personalização de formatos e controle de qualidade em tempo real.

Esses exemplos reforçam como a automação industrial vai além da teoria, entregando resultados concretos para setores com exigências operacionais distintas. O suporte técnico especializado e as soluções adaptadas aumentam a competitividade e melhoram o desempenho industrial.

A AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL COMO ALIADA DA EFICIÊNCIA E DA CONFIABILIDADE

Ao longo deste conteúdo, você viu como a automação industrial transforma operações com ganhos significativos em produtividade, segurança, controle e padronização. Portanto, seja com tecnologias como CLPs, sensores e inteligência artificial, ou com aplicações práticas em setores como alimentos, automotivo e químico, a automação deixou de ser tendência para se tornar um diferencial competitivo essencial.

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