Tipos de manutenção: entenda as diferenças e aplicações - Antares Acoplamentos
Técnico de manutenção industrial realiza procedimento em acoplamento de engrenagem durante rotina de manutenção em indústria de açúcar, ilustrando um dos tipos de manutenção aplicados no setor.

Tipos de manutenção: entenda as diferenças e aplicações

A manutenção industrial consiste numa área estratégica responsável por garantir o desempenho contínuo dos ativos produtivos. Além disso, também serve para reduzir riscos operacionais e otimizar custos. Portanto, nesse cenário, entender os diferentes tipos de manutenção é crucial para coordenadores e gestores industriais que buscam eficiência e confiabilidade no chão de fábrica.

Cada abordagem de manutenção, por sua vez, atende a uma necessidade específica da operação, e sua aplicação correta ajuda a prevenir falhas inesperadas, reduzir o tempo de parada e aumentar a vida útil dos equipamentos. Neste artigo vamos explorar, sobretudo, os principais tipos de manutenção (corretiva, preventiva, preditiva, prescritiva e autônoma), explicando como funcionam, quando aplicá-los e quais seus impactos práticos na operação.

Além disso, você vai entender como indicadores de manutenção e componentes como acoplamentos industriais influenciam diretamente nos planos e estratégias de manutenção. 

 

Engenheiro mecânico realiza um tipo de manutenção em um acoplamento industrial do modelo AT da marca Antares durante operação em planta fabril. A imagem mostra o profissional com EPI completo ajustando o componente de transmissão de torque entre motor e redutor, destacando o papel estratégico da engenharia mecânica na manutenção preventiva e na eficiência operacional da indústria.

 

QUAIS SÃO OS TIPOS DE MANUTENÇÃO E QUAL A IMPORTÂNCIA DE CADA UM DELES

Define-se a manutenção industrial como o conjunto de práticas e ações que garantem o funcionamento adequado de máquinas, equipamentos e sistemas dentro de uma planta. Sua atuação influencia diretamente na produtividade, na segurança dos trabalhadores e nos custos operacionais.

Com o avanço da automação e da indústria 4.0, a manutenção deixou de ser apenas uma resposta a falhas. Hoje, é parte da estratégia de negócios, apoiando decisões como investimentos em novos ativos, paradas programadas e reorganização de turnos. Por isso, entender os diferentes tipos de manutenção é fundamental para alinhar ações técnicas com os objetivos da empresa.

Cada tipo atende a um momento ou objetivo distinto, seja reagir a uma falha, preveni-la ou até mesmo antecipá-la com uso de dados e tecnologias. A escolha da abordagem correta contribui para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos com paradas não programadas e aumentar a confiabilidade dos ativos.

 

MANUTENÇÃO CORRETIVA: QUANDO A FALHA JÁ ACONTECEU

A manutenção corretiva é acionada quando o equipamento já apresenta falhas ou parou de funcionar. Também conhecida como manutenção de emergência, ela visa restaurar a operação o mais rápido possível.

Essa estratégia pode ser planejada (em casos de falhas esperadas ou toleráveis) ou não planejada (em falhas inesperadas, com alto impacto na produção). Apesar de ser inevitável em alguns momentos, seu uso recorrente pode indicar fragilidades no planejamento.

Dentre as vantagens podemos citar um menor investimento inicial e uma aplicação simples e imediata. Já as desvantagens são paradas não programadas, prejuízos por perda de produção e um maior desgaste de componentes.

Exemplo prático: em um sistema de transporte, um acoplamento mal dimensionado pode se romper, exigindo uma troca emergencial do conjunto e parada imediata da linha.

Manutenções corretivas muitas vezes estão relacionadas à má escolha de componentes. Conheça mais sobre como evitar isso em nosso conteúdo sobre acoplamentos industriais.

 

MANUTENÇÃO PREVENTIVA: ATUANDO ANTES DA FALHA

A manutenção preventiva se baseia em inspeções e intervenções programadas, com base na vida útil dos equipamentos ou em recomendações dos fabricantes. O objetivo é evitar falhas futuras com ações antecipadas.

Esse tipo de manutenção é fundamental para garantir a confiabilidade dos sistemas e reduzir intervenções emergenciais. Ela permite planejar recursos, mão de obra e estoques de peças com mais eficiência.

São exemplos de ações preventivas: troca de lubrificantes em intervalos regulares, verificação de folgas e desgastes em acoplamentos e substituição programada de peças com desgaste previsível.

Dentre os benefícios, destacam-se a redução de falhas inesperadas, o aumento da vida útil dos componentes e o melhor aproveitamento de paradas programadas.

No caso de acoplamentos, incluir esses itens em planos de manutenção preventiva evita desgastes em eixos, rolamentos e transmissões.

 

MANUTENÇÃO PREDITIVA: MONITORAMENTO EM TEMPO REAL

A manutenção preditiva utiliza sensores e tecnologias para acompanhar em tempo real o comportamento dos equipamentos. Com base em dados como vibração, temperatura, ruído e pressão, é possível prever falhas antes que elas ocorram.

Essa abordagem reduz intervenções desnecessárias e otimiza os custos de manutenção, já que a troca de peças ocorre apenas quando há indícios de desgaste real.

 

Técnico verifica desempenho do sistema elétrico em manutenção corretiva, um tipo de acoplamento, com tablet industrial.

 

Alguns indicadores são utilizados, como a análise de vibração em acoplamentos, o monitoramento térmico de motores e a análise de óleo e partículas metálicas.

O investimento inicial em sensores e softwares e a capacitação técnica da equipe são alguns dos desafios enfrentados nesse tipo de manutenção.  Apesar disso, a manutenção preditiva tem se tornado indispensável em plantas com alto nível de automação. 

Acesse também nosso conteúdo sobre manutenção prescritiva, próxima evolução nesse processo.

 

MANUTENÇÃO PRESCRITIVA: DECISÕES ORIENTADAS POR IA E ANÁLISES AVANÇADAS

A manutenção prescritiva vai além da preditiva. Ela utiliza inteligência artificial (IA) e machine learning para não só prever falhas, mas também indicar a melhor ação a ser tomada em cada situação.

Combinando dados históricos e em tempo real, o sistema sugere intervenções, prioriza ordens de serviço e estima o impacto de cada decisão sobre a operação.

Exemplos de aplicação:

  • IA indicando o melhor momento para substituir um acoplamento com base em dados de vibração e carga.
  • Sugestões automatizadas de peças a serem estocadas com base em probabilidade de falha.

Essa abordagem exige uma base robusta de dados e integração entre sistemas, mas seus benefícios incluem redução de falhas críticas, melhor aproveitamento de recursos e decisões mais assertivas.

 

MANUTENÇÃO AUTÔNOMA: QUANDO O OPERADOR É PARTE ATIVA DA CONFIABILIDADE

A manutenção autônoma é uma prática em que os próprios operadores realizam atividades básicas de inspeção, limpeza e lubrificação. Essa abordagem faz parte da filosofia TPM (Total Productive Maintenance) e promove o engajamento da equipe com os cuidados diários dos ativos.

Vantagens:

  • Redução do tempo de resposta;
  • Aumento da vida útil dos equipamentos;
  • Identificação precoce de anomalias.

Portanto, a estratégia ajuda muito na inspeção visual de componentes como acoplamentos, permitindo identificar desalinhamentos, trincas ou folgas. Dessa forma, a autonomia operacional fortalece a cultura de responsabilidade compartilhada.

 

COMO ESCOLHER O TIPO DE MANUTENÇÃO IDEAL PARA SUA INDÚSTRIA

Não existe um modelo único de manutenção. A escolha do tipo ideal depende de fatores como:

  • Criticidade do equipamento.
  • Histórico de falhas.
  • Custos de parada.
  • Maturidade da equipe.
  • Recursos tecnológicos disponíveis.

Equipamentos estratégicos para o processo produtivo, como motores de grande porte ou sistemas de transmissão com alta carga, exigem abordagens mais robustas. Nesses casos, uma manutenção preditiva baseada em sensores de vibração, temperatura e análise de óleo pode evitar falhas catastróficas. 

Já componentes como acoplamentos industriais, que são fundamentais para a integridade do conjunto motriz, se beneficiam de inspeções preventivas periódicas, garantindo alinhamento, absorção de choques e menor desgaste nos eixos acoplados.

Na prática, o modelo mais eficaz costuma ser híbrido, combinando diferentes tipos de manutenção conforme a complexidade e função de cada equipamento. Por exemplo, em linhas de produção contínua, é comum aplicar manutenção preventiva em acoplamentos e rolamentos, preditiva em motores e redutores, e corretiva pontual em peças de desgaste mais simples e de rápida substituição.

Além disso, revisar regularmente o plano de manutenção, com base em indicadores como MTBF (tempo médio entre falhas), MTTR (tempo médio para reparo) e taxa de disponibilidade dos ativos, permite ajustar a estratégia conforme os resultados práticos, promovendo uma operação mais eficiente, segura e econômica.

Escolher o tipo certo de manutenção não é apenas uma decisão técnica: é uma estratégia de gestão de ativos que impacta diretamente a produtividade, a confiabilidade e o custo total de operação da planta industrial.

 

Trabalhador com capacete e luvas realizando manutenção em equipamento industrial em ambiente de mineração, com sobreposição de texto: 'Manutenção Industrial: saiba a hora certa de fazer' e botão 'Leia Agora' em destaque.

 

INDICADORES DE MANUTENÇÃO: COMO MEDIR E DECIDIR QUANDO AGIR

Os profissionais de manutenção usam indicadores para transformar dados operacionais em decisões estratégicas. Dessa maneira, é possível monitorar a saúde dos ativos, avaliar a eficiência das intervenções realizadas e identificar tendências que afetam a produtividade industrial. Os principais KPIs (Key Performance Indicators) incluem:

  • MTBF (Mean Time Between Failures) – tempo médio entre falhas. Um MTBF alto indica confiabilidade; uma queda progressiva sinaliza desgaste ou inadequação do componente.
  • MTTR (Mean Time to Repair) – tempo médio de reparo. Serve para avaliar a agilidade da equipe e a facilidade de acesso a peças de reposição.
  • Disponibilidade – porcentagem de tempo em que o ativo esteve operacional em relação ao tempo total previsto.
  • Custo de manutenção por ativo – permite identificar se um equipamento está exigindo mais investimento do que deveria, o que pode justificar sua substituição ou reconfiguração.
  • Backlog de manutenção – quantidade de ordens de serviço pendentes. Quando esse número cresce sem controle, pode indicar sobrecarga da equipe ou falhas no planejamento.

A análise integrada desses indicadores permite ajustes finos na estratégia de manutenção. Por exemplo, uma queda no MTBF de um conjunto motriz com motor e acoplamento pode indicar desalinhamento, desgaste excessivo ou subdimensionamento. Já um MTTR elevado pode expor falhas logísticas, como ausência de peças em estoque ou baixa capacitação técnica.

Além disso, acompanhar a tendência desses KPIs ao longo do tempo contribui para uma gestão preditiva mais eficiente, reduzindo paradas emergenciais e prolongando a vida útil dos ativos. Com dados precisos em mãos, gestores podem priorizar intervenções, revisar o cronograma de manutenção e otimizar recursos, elevando a confiabilidade da operação como um todo.

 

A RELAÇÃO ENTRE ACOPLAMENTOS INDUSTRIAIS E OS TIPOS DE MANUTENÇÃO

Acoplamentos industriais são componentes essenciais na transmissão de torque entre máquinas. Sua qualidade e especificação correta influenciam diretamente na necessidade e frequência de manutenção.

Acoplamentos mal dimensionados ou com desgaste acelerado podem causar desalinhamentos, sobrecargas e falhas em eixos e motores, aumentando o número de intervenções corretivas e o risco de parada total.

Por isso, um plano de manutenção eficiente começa pela escolha adequada dos acoplamentos e pelo acompanhamento de seu desempenho.

Acesse nosso conteúdo sobre acoplamentos e descubra como selecionar o modelo ideal para sua aplicação.

 

TIPOS DE MANUTENÇÃO E SEUS IMPACTOS NA CONFIABILIDADE DOS ATIVOS

Conhecer e aplicar corretamente os tipos de manutenção é uma das formas mais eficazes de garantir a confiabilidade e o desempenho dos equipamentos industriais. Uma gestão bem estruturada contribui para reduzir custos, evitar paradas não programadas e ampliar a vida útil dos ativos.

Revisite os planos de manutenção da sua planta à luz das boas práticas apresentadas neste artigo. E lembre-se: a escolha e o cuidado com componentes como acoplamentos industriais são fatores determinantes para o sucesso de qualquer estratégia de manutenção.

Quer se aprofundar nas decisões que realmente fazem diferença na manutenção industrial? Ouça agora o episódio do podcast Acoplando Ideias sobre manutenção industrial e descubra as melhores práticas para reduzir falhas na sua operação e evitar prejuízos na sua produção. 

Sobre o autor:
Fillipe Rocha
Fillipe Rocha é Analista de Marketing com mais de 11 anos de experiência em marketing B2B, inbound e conteúdo. É formado em Design Gráfico, especialista em Indústria 4.0 e já colaborou com Neil Patel, Texaco e outros.