A engenharia do futuro: Tendência do mercado
Falar sobre a engenharia do futuro é olhar para os problemas do presente. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o número de profissionais formados hoje só atenderia às necessidades do mercado brasileiro de 2020. Ou seja: o mercado já está com déficit de engenheiros.
Tendências da engenharia do futuro
Mais do que nunca, é preciso conhecer as tendências do ramo e se preparar para os próximos desafios. A Antares separou alguns dicas para os profissionais:
1. Uso da Internet das Coisas (IoT)
Esse termo veio do inglês Internet of Things, e é uma extensão da internet atual em que os objetos do dia a dia possuem capacidade computacional e de comunicação. Eles conseguem se conectar às redes para o controle remoto das aplicações.
A IoT é consequência da Indústria 4.0, também conhecida como 4ª Revolução Industrial. Aqui, o foco é o uso de dados para melhorar a eficiência e produtividade dos processos. A Internet das Coisas vem para identificar os problemas a tempo de corrigi-los e garantir que a operação ocorra sem maiores percalços.
Na engenharia do futuro, a IoT é responsável pela construção de sistemas físico-cibernéticos. Assim, permite o monitoramento em tempo real dos eventos, a produção de bens e a captura de informações sobre o ciclo de vida dos produtos. Tais dados podem ser usados para melhorar os processos de fabricação, reduzindo custos e o tempo de cada etapa.
2. Foco na Engenharia sustentável
A sustentabilidade é uma preocupação cada vez maior. A pesquisa Sentimento do Consumidor, conduzida pela McKinsey
em 2021, apontou disposição em pagar mais por produtos eco-friendly. Isso reflete nos processos das empresas, uma vez que 65% da economia mundial está comprometida em neutralizar o carbono.
Não é de se surpreender que a engenharia do futuro seja sustentável. Os profissionais da Engenharia Mecânica, por exemplo, devem valorizar materiais sustentáveis. Recursos que usamos no dia a dia como plásticos, água, petróleo, madeira ou qualquer material proveniente da Terra… São todos finitos.
Utilizar bem esses recursos é fundamental. Seja na construção de protótipos ou na entrega de produtos finais, para qualquer engenheiro, é muito importante que esses bens continuem disponíveis.
Outro ponto de atenção está no balanço hídrico, motivado pela escassez de água em todo o mundo. Dentro das usinas sucroalcooleiras, o objetivo é reduzir custos e identificar pontos em que é possível reduzir o consumo de água.
Máquinas que utilizam ar comprimido e não água para a limpeza de peças de usinagem são bons exemplos da tecnologia aliada à sustentabilidade. Investir em bons componentes de transmissão de torque, como acoplamentos de qualidade ajuda a encontrar o equilíbrio entre a produção e a proteção do meio ambiente.
Leia também: Aprenda a reduzir custos na produção com balanço hídrico nas usinas sucroalcooleiras
3. Desenvolvimento das habilidades socioemocionais
Por muito tempo, propagou-se que profissionais de Exatas eram seres mais racionais e com pouco desenvolvimento emocional. Porém, a Engenharia do futuro mostra que esta visão é ultrapassada e que as empresas buscam pessoas com habilidades interpessoais — até mais do que aqueles com capacidades técnicas.
Esta informação veio do Global Trends Report, levantamento do LinkedIn com 5 mil gestores espalhados por todo o mundo. Dentre os entrevistados, 92% acreditam que as soft skills são tão igualmente importantes quanto as hard skills, senão mais significativas. Enquanto isso, 80% deles pensam que as habilidades sociais são cada vez mais essenciais para o sucesso de uma empresa.
O termo “Inteligência emocional” surgiu na década de 1990 e refere-se à capacidade de monitorar suas próprias emoções, compreender as dos outros e reagir de forma adequada. Também conhecidas como quociente emocional (QE), tais características ajudam na resolução de problemas, influência, criatividade e gerenciamento de tempo.
Em um mundo em constante movimento, é preciso se adaptar às mudanças e ter flexibilidade para lidar com pessoas de diferentes contextos. Como aponta um artigo da Forbes, a resolução de problemas e administrar competências emocionais são mais importantes que ter conhecimento técnico.
4. Aumento do uso de robôs
O mesmo artigo da Forbes mostra um medo comum que veio com a Engenharia do futuro: dois terços dos norte-americanos acreditam que a tecnologia acabará por assumir cerca de 50% das funções atuais. Ainda que isso seja verdade, não significa escassez de empregos. Porém, é preciso saber se adaptar.
Afinal, a robotização e automação industrial já fazem parte da operação. Em 1910, a Ford viu a produtividade atingir números inacreditáveis após adotar a automação: um carro que demorava 12 horas para ser montado, passou a ser entregue em apenas 1h30.
No entanto, ainda há um receio que a automação industrial gera desemprego. Tal argumentação caiu por terra depois que a Federação Internacional de Robótica publicou um artigo sobre como os robôs impactam no ambiente de trabalho. O resultado foi surpreendente, pois mostrou que a adoção de robôs fez crescer a demanda por profissionais mais qualificados e aumento no salário oferecido.
Isso só foi possível graças à engenharia do futuro. Os robôs assumiram posições de trabalho consideradas repetitivas e perigosas, o que melhorou a segurança nas indústrias. Consequentemente, os profissionais puderam se especializar nas áreas de atuação, aumentando seus salários e sua qualidade de vida.
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