Grupo de empresários se reúne com Ministro da Fazenda

“Como participante do Brasil Primeiro, grupo de empresários e economistas ligado à indústria, estive recentemente em uma audiência com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na ocasião, levamos alguns pontos fundamentais para a reindustrialização e cruciais, aliás, para alavancar o desenvolvimento nacional como um todo.

Lembrando que a retomada do crescimento da indústria foi um dos compromissos da campanha de Lula, o ministro nos recebeu, no dia 31 de março, juntamente com seus secretários Gabriel Galipollo e Guilherme Mello, acenando positivamente às nossas demandas. É o caso da implantação de um Plano Indústria aos moldes do Plano Safra. Segundo Haddad, somente naquele dia, havia atendido a três audiências com essa mesma solicitação. Imediatamente antes de nós, Josué Gomes, Presidente da FIESP, já havia inclusive obtido o compromisso formal do Ministro com essa fundamental ação que garantirá juros civilizados para o investimento da indústria. Em outros foi possível apresentar o ponto de vista da indústria, como o fato de que a opção pelo lucro presumido é feita por temor da complexidade do lucro real, não por lucratividade alta. 

José Cristiano Daudt, diretor e CEO da Antares

Redução da taxa SELIC

Falamos também sobre a redução da SELIC e a reforma tributária ainda nesse ano. São duas mudanças importantes, mas que podem ser implementadas pelo governo de imediato, sem necessidade de tramitação legislativa mais complexa. Enquanto isso, não só a indústria, mas todas as atividades econômicas estão sofrendo com o combate à inflação baseado somente no maior juro real do mundo. Focamos basicamente em Agilização Burocrática, Financiamento, Comércio Exterior e Competitividade.

Consequentemente, a visita terá desdobramentos e o primeiro é apresentar uma sugestão de simplificação do processo de drawback para a Fazenda e Ministério da Indústria e Comércio. Em resumo, a reunião foi bastante positiva. Alcançamos nosso objetivo de colocar o ponto de vista industrial, como esperávamos. Por maior que seja o interesse, só quem está dentro é que consegue entender a complexidade da indústria no Brasil. 

Nosso grupo Brasil Primeiro vê o crescimento econômico como condição indispensável para o país (e os brasileiros) alcançarem o sonho do país do futuro. Sabemos que para isso, a retomada industrial é indispensável. Por mais que sejamos uma potência agrícola e mineral, o que é ótimo, estas atividades não têm capacidade de, sozinhas, alavancarem o desenvolvimento nacional.

Com participantes heterogêneos, o grupo possibilita conexão automática da teoria econômica com o dia a dia da indústria, do mercado industrial e do chão de fábrica. Assim sendo, os resultados são discussões vibrantes, de muita troca de informações e conhecimentos”.

José Cristiano Daudt, CEO Antares Acoplamentos